O bloqueio dos fundos do Opportunity em vários países pode ter vários desdobramentos, poucos favoráveis ao fundo e seus cotistas.
Quem quiser recuperar seus recursos terá que comprovar que eles foram legalmente declarados no Brasil. Se não declarou, não tem como comprovar que é dele. Ou então poderá requerer o recurso e pagar uma multa de 150% sobre o valor bloqueado. Obviamente, ninguém irá querer.
A alegação dos advogados de Daniel Dantas - de que o dinheiro é procedente da venda da Brasil Telecom para a Telemar - não ajuda em muito. Se o dinheiro saiu via doleiros, sem passar pelo Banco Central é dinheiro frio, crime de evasão e lavagem de dinheiro.
Mesmo comprovando que o dinheiro pago tem origem legal, o Opportunity esbarra em outro problemaço: confirmar que os cotistas do fundo são entidades legais e não apenas empresas de fachada.
Ou seja, o Opportunity Zain pode ser uma entidade regular; os fundos administrados pelo Opportunity que investem na Zain podem ser regulares. mas os quotistas desses fundos (investidores estrangeiros) podem ser fachada.
Provavelmente o inquérito foi por aí. Se os donos das das offshores (de fachada) que investem nos fundos forem detidas por brasileiros, esses brasileiros terão que pagar impostos no Brasil. Se não declararam que têm essas empresas, elas -e todos seus investimentos no Brasil - são podres.
É quase certo que o Opportunity terá que dar adeus a esses US$ 2 bi.
Nem toda a boa vontade de Lula serviu.
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