Barack Obama foi empossado presidente nos Estados Unidos. Enquanto isso acontecia as ações do Bank of America perdiam 29% do valor, as do JPMorgan Chase caiam 21% e as do Citigroup, 20%.
Catastrofismo? Não parece. A verdade nua e crua é que o sistema bancário do país mais poderoso do mundo está falido. Na verdade, é impossível combater uma crise se nem o diagnóstico foi feito. Ninguém sabe exatamente qual é o rombo dos bancos pelo simples motivo de que ninguém sabe o valor exato dos papéis podres que eles guardam na contabilidade.
O prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, em artigo que escreveu no New York Times, prega abertamente a nacionalização do sistema bancário.LEIA AQUI. Num mundo interconectado, quando um sistema bancário gigantesco vai à falência é impossível que a repercussão não seja grave, mesmo em países como o Brasil, que relativamente aos Estados Unidos sofrerá menos com a crise.
Para a Política externa Obama entregou a bola a Hillary Clinton. Deixou as guerras por conta dos republicanos e dos militares, ao manter Robert Gates como secretário de Defesa. Vai se concentrar na economia. A crise nos Estados Unidos é gravíssima. Obama tem diante dele a administração de uma crise econômica extraordinária, com o país envolvido em duas guerras e um quadro mundial de instabilidade política.
Discursos, como sabemos, não pagam a conta de luz, nem do supermercado. Nesse quadro, se o Brasil crescer 2% em 2009 será um resultado espetacular.
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