Paulo Henrique Amorim
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, encaminhou esta tarde uma representação ao procurador-geral da República, Antonio Fernado de Souza, para que este “tome as medidas necessárias” com relação aos fatos relatados na sentença do juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo.
Na sentença de 312 páginas condenando o empresário Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, a 10 anos de prisão por tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal, o juiz afirma que o presidente do Supremo nomeou para o cargo de confiança de assessor I do gabinete da Secretaria de Segurança do STF o coronel da reserva do Exército Sérgio Cirillo, supostamente ligado ao grupo de Dantas.O assessor foi nomeado em 30 de julho deste ano, e exonerado no início de outubro. Segundo a Secretaria de Comunicação Social do STF, sua demissão foi motivada por questões administrativas, sem nenhuma ligação com a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que prendeu Dantas e outras 14 pessoas.
O juiz afirma que “os acusados, para alcançar seus objetivos espúrios, não mediram esforços em suas tentativas de de obstrução do procedimento criminal, tentando espraiar suas ações em outras instituições”, escreve De Sanctis nas páginas finais da sentença, ao discorrer sobre a nomeação do assessor e a oferta de propina ao delegado da PF.
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