O presidente Luiz aguardará a decisão do Banco Central nesta semana sobre a taxa de juros para tomar uma decisão mais importante.
Lula estuda uma eventual interferência política pública e assumida para forçar uma queda da taxa básica de juros caso o BC insista em manter os juros no atual patamar.
A Selic está hoje em 13,75% ao ano.
O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do BC que se reúne a cada 45 dias para fixar os juros, terá o último encontro deste ano nestas terça e quarta-feiras.
Lula avalia estabelecer limites à autonomia formal do BC, concedida quando o petista chegou ao poder, em 2003.
De lá para cá, houve embates entre Lula e o BC, mas o presidente nunca questionou a autonomia da instituição. Engoliu decisões das quais discordava.
Recentemente, Lula fez fortes pressões nos bastidores e deu duas declarações públicas dizendo que os juros precisam cair. Falou que estavam acima do que indicava o bom senso e também disse que era hora de reduzir juros e preços.
Lula tem uma decisão difícil e solitária pela frente. O presidente faz as seguintes reflexões:
É ele quem foi eleito em 2006.
É ele quem tem 70% de aprovação (índice bom e ótimo) no Datafolha.
É ele quem será cobrado pelo desempenho da economia.
Como foi ele quem concedeu a autonomia formal ao BC, seria a hora de limitá-la, retirá-la ou confirmá-la?
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