segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

CAPAS PRETAS

O governo sofreu mais uma derrota no Senado com a eleição do ex-senador José Jorge (DEM-PE), atual presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), na vaga aberta com a aposentadoria do ex-senador Guilherme Palmeira, de Alagoas.
Ex-ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso, o pernambucano foi candidato a vice-presidente da República em 2006, na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin.
José Jorge recebeu 41 dos 76 votos, derrotando o senador do PMDB Leomar Quintanilha (TO), que recebeu 34 votos. Houve um voto nulo. José Jorge acompanhou a votação no plenário. Foi abraçado pelos parlamentares e cumprimentou Quintanilha. A votação foi secreta e por meio de cédula.
O PT e os governistas trabalharam por Quintanilha, na tentativa de evitar a eleição de um oposicionista. "A oposição acha que o TCU é capitania hereditária", afirmou a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), lembrando que, dos nove ministros do TCU, cinco são políticos - e, desses, quatro ligados à oposição: Ubiratan Aguiar, atual presidente, ex-deputado do PSDB, Valmir Campelo, ex-senador do ex-PFL (hoje DEM), Haroldo Cedraz, ex-deputado do PFL, Palmeira (ex-PFL) e Augusto Nardes, ex-deputado do PP.
Mas perderam e os capas pretas aumentaram.
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