quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PRUDÊNCIA NUNCA É DEMAIS

Vai demorar para que seja possível fazer uma análise mais profunda sobre os efeitos da crise financeira mundial aqui no Brasil. Todos os analistas que se prestam ao papel de escrever sobre este tema estão chutando.
Hoje, a opinião de um economista sobre a crise vale tanto quanto a de uma manicure. A razão é simples: o mundo das finanças está passando por uma tempestade como talvez nunca antes tenha passado. Ninguém sabe ainda onde está o fundo do poço.
Trata-se puramente de uma questão de lógica: se ninguém conhece a dimensão da crise, como prever seus efeitos no Brasil? Aliás, um bom leitor há de notar que todas as análises recém publicadas estão repletas da palavrinha "se": "Se o pacote de Bush for aprovado", "se o mercado financeiro reagir bem", "se a ajuda for suficiente"...
A verdade é que quando a tempestade chega no mar, a única coisa a fazer é recolher as velas, atracar os barcos e ficar em terra firme, esperando a tormenta passar. Só depois dá para sair, olhar o estrago, calcular as perdas. Vai demorar talvez um ou dois meses para que se possa fazer uma mínima idéia do que vem por aí.

Até lá, quem disser o que o governo deve fazer isso ou aquilo no campo da política econômica ou está de má fé, defendendo interesses particulares, ou é irresponsável mesmo.

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