Por Paulo Henrique Amorim
Esta semana, a Folha (da Tarde) tentou salvar Daniel Dantas uma vez.
Foi a repórter Andrea Michael, que ajudou Dantas a evitar uma possível fuga de investidores do Bando Opportunity.
Agora, na edição de hoje, é a repórter Lilian Christofoletti, autora da “reportagem” “Operação Satiagraha pode ser anulada, dizem magistrados”.
Clique para ler.
Quem são os magistrados entrevistados ?
Nenhum.
Não há um mísero magistrado que vá “on the records”, entre aspas, com nome e sobrenome, dizer algo que sustente o título da “reportagem”.
Os “magistrados” ouvidos são dois advogados de Dantas.
Um, Nélio Machado.
O outro, Alberto Zacharias Toron.
Toron é o autor da famosa frase ... bom era no tempo em que algema era para preto, pobre e p..., eternizada na “súmula vinculante” do Supremo Tribunal Federal.
Toron é o que organiza homenagens ao Supremo Presidente Gilmar Mendes, em reuniões patrocinadas pelo lobbista que edita uma “publicação” de nome “Conjur”.
Clique aqui para ler sobre o “Sistema Dantas de Comunicação” e o papel relevante que o “Conjur” desempenha.
Só que a Christofoletti não informa ao incauto leitor que Toron é advogado de Dantas ...
Pequeno detalhe ...
Christofoletti gosta de omissões.
Ela entrou para a história do jornalismno brasileiro ao participar de uma patranha.
A patranha que reuniu três repórteres – ela é uma delas – com o delegado Bruno da Polícia Federal de São Paulo (atenção, caro leitor, veja bem, de SÃO PAULO) para simular o “sumiço” das fotos de cima da mesa do Delegado Bruno. (*2)
Eram as fotos do dinheiro dos aloprados, que serviram de instrumento para a Globo e o PiG levarem a eleição de 2006 para o segundo turno.
Clique aqui para ler “o primeiro golpe já houve, falta o segundo”.
Christofoletti disse aos incautos leitores da Folha (da Tarde *) que as fotos tinham sido “roubadas” e, não, que o Delegado Bruno tinha dado aos três.
O diálogo entre Christofoletti e o delegado Bruno é um dos momentos memoráveis da Historia do Recente do Brasil.
Algo assim que lembra os diálogos entre Sócrates e Platão, registrados, não em aúdio, mas em texto impresso, como se sabe ...
É a Christofoletti que agora arranja “magistrados” para extinguir a investigação sobre Dantas.
Faz parte do Golpe: desqualificar os policiais, o juiz, o procurador da República e, agora, o próprio inquérito.
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