terça-feira, 2 de setembro de 2008

PARÁ TERRA DE VILÕES

O Pará é o Estado brasileiro que mais derrubou a floresta. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora os dados de devastação da Amazônia, divulgou na última terça, 26, os dados referentes ao mês de julho. Esses números apontam o Pará como o estado que mais desmata já pelo segundo mês seguido, quando foi responsável por mais de 70% do total devastado de toda a Amazônia, devastando 235,6 quilômetros quadrados. No mês anterior, junho, também foi o campeão, com 499 quilômetros quadrados. O Pará não é o estado que mais desmatou no total anual, mas enquanto no Mato Grosso se detecta grande queda nos últimos meses, no Pará os números continuaram proporcionalmente grandes. Conseqüentemente, a quantidade de focos de queimada no estado também foi grande. Segundo reportagem do jornal paraense O Liberal, foram 2,6 mil focos de incêndio em todo o estado.

O Pará também aparece em primeiro lugar quando a questão é trabalho escravo. De acordo com o Ministério do Trabalho, uma amostragem concluiu que um terço de todos os casos de trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão no Brasil se encontra no Pará. Nos últimos cinco anos foram resgatados 5.242 trabalhadores no estado. Ao todo, mais de 20 mil pessoas foram resgatadas em todo o Brasil.

O Pará figura como o grande campeão da grilagem. Segundo anúncio feito pelo procurador da República no Pará, Felício Pontes, no dia 28 de agosto, a quantidade de terras registradas em cartório correspondem a quatro vezes o tamanho de todo o estado. O Pará é o segundo maior estado do país e pode-se dizer que só nos cartórios paraenses está registrada uma quantidade de terras correspondente a mais da metade do Brasil. O procurador explicou que os dados ainda não são oficiais, o que significa que a situação pode ser ainda pior.

O Pará é o campeão em casos de Malária. a reunião de avaliação do Programa Nacional de Controle de Malária, na última quinta-feira (28), foi revelado que o Pará concentra mais de 80% dos casos de malária de todo o país.

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