Tido como um dos mais experientes políticos da atualidade e observador sagaz de todos os movimentos, o senador José Sarney (PMDB-AP) tem feito a seguinte avaliação em suas conversas mais reservadas: Se o presidente Lula estiver mesmo em alta daqui a dois anos, com todas as condições de eleger seu sucessor, nem o governador de São Paulo, José Serra, e nem o de Minas Gerais, Aécio Neves, irão se apresentar para a disputa presidencial. Aécio é novo, pode presidir o Senado e esperar alguns anos mais.
José Serra, no entanto, não tem essa perspectiva de recomeçar uma carreira. Mas, fica muito bom concorrendo à reeleição em São Paulo.
Se esse raciocínio fosse apenas de Sarney, o espectro político poderia tratar como apenas uma opinião pessoal. Mas é fato que já tem muita gente no PSDB falando a mesma coisa: A avaliação que predomina hoje entre os tucanos é a de que ou o partido encontra um discurso forte para 2010, capaz de bater o PT, ou fará figuração na campanha presidencial. Até agora, avaliam os tucanos, a única coisa nova que apareceu no PSDB foi Aécio e seu discurso pós-Lula.
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