A chancelaria venezuelana comunicou a expulsão do diretor para as Américas da HRW, o chileno José Miguel Vivanco, e de seu assessor, o norte-americano Daniel Wilkinson, que apresentaram em Caracas um relatório criticando a situação dos “direitos humanos” na Venezuela.
"Ontem chegou à Venezuela um destes personagens que andam fazendo o trabalho sujo dos ianques e começou a dar declarações, então chamei o chanceler e lhe disse: expulse-o daqui", revelou Chávez.
"Não vamos permitir que estrangeiros venham aqui para julgar o povo venezuelano", disse o presidente.
Chávez reafirmou que o governo norte-americano está por trás de um complô para derrubá-lo e assassiná-lo, e que a visita dos representantes da HRW à Venezuela faz parte deste plano.
"O presidente dos Estados Unidos (George W. Bush) está desesperado porque sabe que tem os dias contados e trata de fazer qualquer coisa para incendiar não apenas a Venezuela, mas todo o continente", afirmou.
O relatório apresentado por Vivanco, chamado de "Uma década do governo Chávez: intolerância política e oportunidades perdidas para o progresso dos direitos humanos", acusa o governo venezuelano de manipular o Poder Judiciário e de enfraquecer o sistema democrático.
A HRW, que tem sede em Washington, "é uma organização de fachada dos interesses mais bastardos da oligarquia venezuelana e do imperialismo americano", e o governo Chávez não vai "tolerar mais este tipo de ingerência".
Uma gigantesca manifestação apoiou a decisão do governo venezuelano de expulsar os provocadores da HRW. A convocação foi feita através da emissora de televisão VTV pelo ministro de Informações, Andrés Izarra, que também afirmou que a HRW faz parte de um "plano para gerar um golpe e inclusive o magnicídio" do presidente Chávez.
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