domingo, 28 de setembro de 2008

ADEUS PAUL NEWMAN

Com a morte de P Newman, encerrou-se uma era no cinema.
Ele surgiu no rastro de Marlon Brando e James Dean que, nos anos 1950, instituíram a rebeldia quando Hollywood apostava na sofisticação e no bom-mocismo.
Seu primeiro grande sucesso, aliás, era um projeto pensado para Dean: o lutador genioso e genial Rocky Graziano, de Marcado pela Sarjeta, dirigido por Robert Wise. Com a morte de Dean, Newman assumiu o papel e se consagrou, iniciando uma carreira com dez indicações para o Oscar e uma estatueta (por A Cor do Dinheiro, em 1986).
Mas nem os prêmios dão a medida de seu talento, e da marca que imprimiu na história do cinema. Nascido em Shaker Heights, Ohio, EUA, em 26 de janeiro de 1925, Paul Newman freqüentou a Yale Drama School e o famoso Actors Studio de Nova York quando saiu da escola.
Ele atuou na televisão, no cinema e na Broadway, começando sua carreia em 1952, em um episódio de uma série na TV.
Após seu primeiro papel na peça Picnic (1953), o estúdio Warner Brothers ofereceu um papel em O Cálice Sagrado (1954).
Depois desse, Newman atuou em cerca de 50 filmes e dezenas de projetos para a televisão.

Outros longas de destaque de sua carreira são Gata em Teto de Zinco Quente (1958), no qual atuou com Elizabeth Taylor, seu maior sucesso de bilheteria Butch Cassidy e Sundance Kid (1969), em que dividiu a cena com Robert Redford, e o memorável Golpe de Mestre (1973).
Newman também foi produtor e diretor de muitos filmes de sucesso como Harry & Son (1984) e Rachel, Rachel (1968), que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar e no qual atuou ao lado de Joanne Woodward.

Newman e Joanne

Newman já foi considerado um dos homens mais bonitos do mundo, mas seus olhos azuis, que alavancaram sua carreira no cinema, também foram entraves nos primeiros tempos.

Os produtores achavam que ele não servia para papéis viris e tentavam colocá-lo em comédias românticas inócuas ou dramas religiosos. Ele sobreviveu, fixou uma marca e tornou-se um mito.

Em 1957, ele atuou em The Long, Hot Summer, juntamente com Orson Welles e Joanne Woodward. Foi durante as gravações que Newman, que era casado com Jackie Witte desde 1949 e com quem teve três filhos, se apaixonou por Joanne. Eles se casaram em 1958 e ficaram juntos por 50 anos. Com Joanne ele teve mais três filhos.

Após o suicídio de um dos filhos, o ator sofreu um forte abalo e preferiu se reservar mais. Apareceu pela última vez na tela em A Estrada da Perdição, dirigido por Sam Mendes em 2002. E, em 2006, emprestou sua voz para o desenho Carros. Firmou-se como empresário, patenteando uma marca de molhos, doando todo dinheiro faturado.

Em 2001, a revista cultural britânica Radio Times divulgou um estudo elaborado por um grupo de especialistas cinematográficos que definiu Newman como “o melhor ator de todos os tempos”. O estudo, de acordo com seus autores, foi baseado em critérios como êxito de bilheteria, número de interpretações, capacidade de sedução e indicações para o Oscar.

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