No dia 10 de agosto ocorrerá uma batalha decisiva não somente para a Bolívia, mas para toda a América Latina.
Uma vitória do governo Evo Morales e a derrota dos prefeitos opositores de La Paz, Cochabamba e Pando pode ser o começo de uma ofensiva para desarticular a oligarquia boliviana.
A direita está criando um clima de polarização para evitar uma consulta na qual tem todas as chances de perder, porque a popularidade do governo é muito alta como resultado das importantes mudanças introduzidas nestes dois anos e meio.
O elemento que deve ser levado em conta é que dois terços dos bolivianos se reconhecem como indígenas, sendo que, pela primeira vez na história, tem um presidente de sua mesma cultura. O segundo é o que o governo está gerando algumas transferências de renda para os mais pobres, como o fundo escolar Juancito Pinto, pelo qual 1,8 milhão de estudantes recebem 200 bolivianos anuais (28 dólares) para frear a evasão. Além disso, há a Renda Dignidade, de até 3 mil bolivianos (425 dólares), que beneficia 570 mil pessoas maiores de 60 anos, e que é financiado pelo Imposto Direto sobre os Combustíveis.
Neste dia, o dia H, os bolivianos decidirão se confirmam ou revogam o mandato do presidente e seu vice e de oito dos nove prefeitos departamentais.
Um comentário:
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