O encontro do presidente Lula com quase quatro dezenas de intelectuais, na terça-feira, em São Paulo, teve dois objetivos: prestar contas das ações do governo e apresentar a ministra Dilma Rousseff como candidata do PT à presidência em 2010.
Um dos participantes do encontro contou a este blog que Lula fez uma exposição sobre política externa, as relações do governo com os movimentos sociais e falou de algumas questões delicadas, evitando apenas temas econômicos.
Sobre o Paraguai, Lula disse que não pretende desestabilizar o seu colega recém-eleito, Fernando Lugo, mas reafirmou a posição do governo brasileiro de que o Tratado de Itaipu é inegociável. Contou também que mantém uma boa relação com Hugo Chávez, o que não ocorre com Evo Morales.
Tratando das questões internas, explicou ter excelentes relações com praticamente todos os movimentos sociais, à exceção do MST, que, segundo ele, está atualmente muito dividido. Também reclamou do PT, que não teria encampado a idéia de realizar, ainda neste mandato, a reforma política, um desejo do presidente.
Ao terminar a exposição, Lula passou a palavra aos ministros que o acompanhavam - Fernando Haddad, da Educação, Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, e Dilma, chefe da Casa Civil.
A ministra falou sobre o PAC e fez uma exposição técnica sobre as iniciativas do governo, mas falou também sobre os casos do Dossiê FHC e Varig, assegurando aos presentes a lisura do governo nos dois episódios.
Ao final, a impressão que ficou ao interlocutor do blog foi de que o encontro serviu como uma espécie de apresentação da ministra-candidata à elite da intelectualidade petista.
Ela não conhecia pessoalmente boa parte dos presentes e ficou até um pouco nervosa ao iniciar a sua explanação. Depois, demonstrou segurança, mas limitou-se a uma análise técnica da conjuntura, sem abordar aspectos políticos ou apresentar idéias próprias.
O jogo ainda está começando e muita água vai rolar por debaixo da ponte até 2010. Mas parece cada vez mais óbvio que a "mãe do PAC" é a escolhida de Lula. Se aguentar o tranco e resistir à inevitável carga que a oposição deve fazer, Dilma terá um cabo eleitoral de peso para a campanha.
Não é garantia de vitória, mas pelo que se vê na falta de críticas a Lula por parte dos principais presidenciáveis da oposição - Aécio Neves e José Serra –, é melhor ter o presidente como aliado do que como adversário...
Fonte: Entrelinhas
Um dos participantes do encontro contou a este blog que Lula fez uma exposição sobre política externa, as relações do governo com os movimentos sociais e falou de algumas questões delicadas, evitando apenas temas econômicos.
Sobre o Paraguai, Lula disse que não pretende desestabilizar o seu colega recém-eleito, Fernando Lugo, mas reafirmou a posição do governo brasileiro de que o Tratado de Itaipu é inegociável. Contou também que mantém uma boa relação com Hugo Chávez, o que não ocorre com Evo Morales.
Tratando das questões internas, explicou ter excelentes relações com praticamente todos os movimentos sociais, à exceção do MST, que, segundo ele, está atualmente muito dividido. Também reclamou do PT, que não teria encampado a idéia de realizar, ainda neste mandato, a reforma política, um desejo do presidente.
Ao terminar a exposição, Lula passou a palavra aos ministros que o acompanhavam - Fernando Haddad, da Educação, Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, e Dilma, chefe da Casa Civil.
A ministra falou sobre o PAC e fez uma exposição técnica sobre as iniciativas do governo, mas falou também sobre os casos do Dossiê FHC e Varig, assegurando aos presentes a lisura do governo nos dois episódios.
Ao final, a impressão que ficou ao interlocutor do blog foi de que o encontro serviu como uma espécie de apresentação da ministra-candidata à elite da intelectualidade petista.
Ela não conhecia pessoalmente boa parte dos presentes e ficou até um pouco nervosa ao iniciar a sua explanação. Depois, demonstrou segurança, mas limitou-se a uma análise técnica da conjuntura, sem abordar aspectos políticos ou apresentar idéias próprias.
O jogo ainda está começando e muita água vai rolar por debaixo da ponte até 2010. Mas parece cada vez mais óbvio que a "mãe do PAC" é a escolhida de Lula. Se aguentar o tranco e resistir à inevitável carga que a oposição deve fazer, Dilma terá um cabo eleitoral de peso para a campanha.
Não é garantia de vitória, mas pelo que se vê na falta de críticas a Lula por parte dos principais presidenciáveis da oposição - Aécio Neves e José Serra –, é melhor ter o presidente como aliado do que como adversário...
Fonte: Entrelinhas
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