Por Paulo Henrique Amorim
Para quem não se lembra, Denise Abreu é aquela que o PiG desmoralizou com a foto do charuto no auge do “caosaéreo”.Clique aqui para ler sobre o “caosaéreo”.
Ela, que o PiG desmoralizou, porque trabalhou com José Dirceu na Casa Civil.
Ela, que o PiG acusou de incompetente, porque fazia parte da ANAC e, portanto, responsável pelas tragédias da Gol – que o jn não noticiou – e da TAM.
Denise Abreu é aquela que o novo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, tratou de afastar da ANAC, com a filosofia do “ou faz ou sai da frente”.
Agora, o PiG quer transformar a Denise Abreu em Roberto Jefferson.
Roberto Jefferson imortalizou a Folha e sua colonista Renata Lo Prete com a entrevista-bomba que ia derrubar o Presidente Lula.
Seria o clone daquela entrevista que a VEJA publicou com o irmão do Collor – e não derrubou o Collor.
Mas, ajudou.
Porque quem derrubou o Collor, mesmo, foi uma entrevista de Bob Fernandes com o motorista, na IstoÉ.
(Fato que o livro “Notícias do Planalto”, de Mário Sergio Conti, menospreza.)
Agora, o PiG tira do fundo do baú outra “testemunha” que, antes, desqualificou.
Recomenda-se que leve ao Senado para tratar da VarigLog o “Toninho da Barcelona”, outro herói do PiG e da Oposição, no mensalão.
Que traga para depor o Márcio Chaer, que, como consultor de relações públicas e “editor” do Consultor Jurídico, deve conhecer bem as peripécias dos “empresários” que se envolveram com a Varig.
O que está em jogo é a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.
Não foi o Presidente Lula quem a lançou.
Foram o PiG e a oposição, especialmente aquele talentoso líder democrata, Agripino Maia, um símbolo exuberante da Oposição ao Governo Lula.Clique aqui
Quem lançou a Dilma foi Folha (da Tarde *), que, todo mês, cai no ridículo, ao divulgar o “PAC da Folha”, que, invariavelmente, desmente o PAC da Dilma.
O que o PiG omite é que a venda da Varig foi a primeira experiência – bem sucedida – de salvar uma empresa com a Lei de Falências.
A operação se deu na Justiça, sob a liderança do Juiz Luiz Roberto Ayoub.
Se houve transgressão à lei, cabe à lei apurá-la.
É o caminho que o Juiz José Paulo Magano, da 17ª. Vara Cível de São Paulo, e que cuida da Varilog, resolveu adotar, ao pedir investigação do Procurador Geral da República.
A oposição e o PiG estão com foco errado.
Quem tem que ser acompanhado de perto, com binóculo, não é a Denise Abreu, cujas “denúncias” não levaram, até agora, a lugar nenhum.
O problema está na sala ao lado, na “advocacia administrativa” – antigamente, essa era uma expressão insultuosa; hoje, banal – do Dr. Roberto Teixeira.
Clique aqui para ler “isso cheira mal”.
Roberto Teixeira: aí está o busílis da questão. Roberto Teixeira é o segundo maior lobista do Brasil.
O primeiro, como se sabe, é o José Dirceu.
Não é por acaso que a Brasil Telecom, quando dirigida pelo “gênio empresarial” do Daniel Dantas, contratou Roberto Teixeira.
Para fazer o quê ?
Nada.
Não há nos registros da Brasil Telecom nenhuma linha, nenhum parecer assinado pelo escritório de Roberto Teixeira.
Daniel Dantas contratou Roberto Teixeira, amigo do Presidente Lula, para ficar amigo do PT.
E por que Daniel Dantas queria – como finalmente conseguiu, através de José Dirceu – ficar amigo do PT ?
Para meter a mão na grana dos fundos de pensão, como fez no Governo (?) do Farol de Alexandria.
É a velha história: ficar rico com o dinheiro dos outros.
O Conversa Afiada queria ver o PiG ir prá cima do Roberto Teixeira.
E, no Senado, um ÚNICO senador – com a exceção, é claro, do líder da “Bancada Dantas” no Senado, o ínclito Heráclito Fortes –, perguntar, por exemplo, o que Roberto Teixeira foi conversar com Luis Gushiken, quando Daniel Dantas era seu cliente ...
A Denise Abreu não é o Roberto Jefferson.
Não tem azeitona nessa empada.
Tinha no “mensalão” – que, como diz o Mino Carta, ainda está por provar-se –, porque o Daniel Dantas botou dinheiro no “Valerioduto” do PT, como botou no “Valerioduto” do PSDB.
Ali tinha azeitona.
Como teve no tempo do PSDB.
Agora, a azeitona está noutra empada: no Roberto Teixeira.
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