Está sendo apresentado pela imprensa, em bloco, um "laudo técnico" feito para a Casa Civil na investigação dos computadores do Palácio do Planalto. Quem deu o furo foi o Jornal Nacional, segundo quem "a investigação mostra que as informações sigilosas foram divulgadas por um funcionário da Casa Civil".
O destaque dado pela imprensa ao fato de que a documentação saiu da Casa Civil esconde o que realmente revela de novo o laudo do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI) , ou seja, que a divulgação dos dados sigilosos foi mesmo obra do senador pelo PSDB paranaense Álvaro Dias, pois nunca houve dúvida de que os dados tinham saído do Palácio do Planalto, pois é lá que esses dados estavam armazenados e isso nunca foi negado pelo governo federal.
Nesse aspecto, a manchete de primeira página mais emblematica é a do Estadão, que diz o seguinte: "Casa Civil diz que aliado de Dirceu vazou dossiê anti-FHC".
Ao que parece, a demora de dois dias da Globo em divulgar essa notícia pode ter se devido também à emissora querer esperar o depoimento de Dilma Rousseff ao Senado na quarta-feira, a fim de corroborar as acusações que ali lhe seriam feitas.
Contudo, o fator José Agripino Maia frustrou os planos globais ao paralisar as acusações da sessão do Senado em que a ministra foi perquirida. Então, pode ter sido criada uma fórmula para inverter a natureza da notícia, tirando Álvaro Dias da linha de fogo e colocando "os culpados de sempre", ou seja, José Dirceu, sempre chamado a responder pelas acusações dos braços midiáticos do PSDB.
O senador Álvaro Dias diz, candidamente, que "não sabia quem tinha enviado o dossiê ao seu assessor, mas que agora sabe". Segundo a Globo, porém, "O senador não quis pronunciar o nome de André Eduardo da Silva Fernandes, o funcionário de seu gabinete que recebeu o dossiê. Mas confirmou que se trata dele mesmo".
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