A oposição deu um tiro no pé ao convocar Dilma Rousseff para se afogar nos cartões corporativos.
O senador Agripino Maia, do PFL, voltou aos bons tempos de provocador e deu a entender que tudo o que Rousseff dissesse ali poderia ser uma mentira.
O senador lembrou que, numa entrevista recente, Rousseff confessou que mentiu quando esteve presa no regime militar.
Uma mentira que Rousseff contou quando tinha 19 anos.
Ela foi torturada e ficou três anos presa.
Diante da provocação do senador pefelista, Dilma Rousseff subiu.
Dilma atingiu o ponto certo da resposta, com firmeza e serenidade, e colocou o senador na posição histórica que ocupam os que acionavam a maquininha do choque elétrico.
Dilma Rousseff falou:
Não há dialogo com o pescoço na forca.
Não há verdade na ditadura.
O que se trava aqui no Senado, agora, é o dialogo democrático, entre iguais, entre cidadãos em igualdades de condição.
Eu me orgulho de ter mentido para salvar companheiros da tortura e da morte.
No pau de arara e com choque elétrico não há possibilidade de dialogo civilizado.
Tenho imenso orgulho do que fiz: mentir aos torturadores.
A oposição errou: deu a possibilidade de se conhecer essa Rousseff, que parecia adormecida sob o sucesso do PAC.
Em tempo: um amigo meu, especialista em construir e analisar cenários políticos, me telefonou assim que viu Rousseff arrasar Maia: “além da competência técnica, você tem que ter sorte. Você pode fazer tudo certo. Mas, se não tiver sorte, não adianta nada. A sorte da Dilma foi pegar o Agripino Maia”.
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