Não é de ontem que Marina Silva estava à sombra da ministra Dilma Rousseff, que é francamente hostil ao ambientalismo,. Abaixo da Casa Civil, o ministro Mangabeira Unger ultimamente se arvorou de palpiteiro-mór do desenvolvimentismo na Amazônia, tomando as rédeas do PAS, que não passa de um PAC regional com outra sigla.
Ou seja, até as funções indefiníveis do ministro de Assuntos Estratégicos passaram a valer mais que as da ministra do Meio Ambiente. Demitida pelo visto ela já estava. Faltava só demitir-se, antes que o segundo ou o terceiro escalão do governo atropelassem sua pasta. […]
Por dentro, sua demissão mudará pouco o governo. Ela já estava mesmo meio fora da equipe. Com o secretário estadual Carlos Minc em seu lugar, talvez diminua o ruído. Minc é o abre-alas da escola carnavalesca do ambientalismo brasileiro.
Tende a evitar atritos com a vanguarda interna do desflorestamento, para procurar seus adversários o mais longe possível de Brasília.
É longe do Brasil, no exterior, que Marina Silva fará falta. Sem ela, o presidente Lula perde a última ficha para freqüentar mesas de quem aposta no futuro da floresta.
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