Os "poncho rojos", um grupo de apoio a Evo Morales, anunciaram a formação de um exército indígena para defender a unidade da Bolívia.
A situação na Bolívia está ficando cada vez mais polarizada. No próximo domingo vai realizar-se o referendo que trata da autonomia do departamento de Santa Cruz, o mais rico do país. Não se trata, apenas, da fratura entre ricos e pobres. É o rompimento da planície com o planalto, da elite branca e mestiça com os índigenas do altiplano, do projeto político dos grandes industriais e latifundiários com o do indígena que pretende representar os movimentos sociais.
Philip Goldberg, o embaixador dos Estados Unidos em La Paz, foi o chefe da missão americana em Pristina, Kosovo, entre 2004 e 2006. Tem experiência na partilha de países. Através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do National Endownment for Democracy (NED) Washington financia grupos da "sociedade civil" bolivianos, alguns deles voltados para a resolução de conflitos.
O governo de Evo Morales demoniza o embaixador, a quem acusa de interferir nos assuntos internos da Bolívia e a quem pediu que se posicionasse publicamente em relação à autonomia de Santa Cruz. O embaixador respondeu que cabia aos bolivianos decidir. Os Estados Unidos apontam para a Bolívia como um exemplo da interferência indevida da Venezuela na vizinhança.
Os dois países têm as grandes reservas de petróleo e gás natural do continente.
Nem o Mercosul, nem a União Européia vão reconhecer o resultado do referendo do próximo domingo - que era a pretensão dos líderes de Santa Cruz.
Fonte: Blog Ví o Mundo
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