“Dilma se apegou ao fato de a Folha ter retirado o horário em que os arquivos foram extraídos da base de dados do Planalto, em 18 de fevereiro, para sustentar que teria havido montagem no material a que o jornal teve acesso. A retirada foi feita para proteger o anonimato da fonte da informação...”
Nesse trecho de sua reportagem, hoje, publicada com o título ”Dilma nega Dossiê e cogita até invasão do computador”, a Folha de S.Paulo simplesmente se auto-explica: fez montagem mesmo, retirou trechos do material que lhe foi passado para porteger o anonimato da fonte. E o noticiário de "O Globo" não trata da manipulação da FSP, óbvio, mas vê na entrevista da ministra "contradição" que simplesmente não existe.
Ora, se a Folha tem uma fonte - e o confessa nesse comentário sobre a entrevista da ministra Dilma Roussef - que quer proteger, fica evidente que houve retirada, sim, de informações sigilosas e documentos da Casa Civil, e que não foi e não é o Governo que faz.
Fica, portanto, mais do que óbvio que tanto o senador tucano Álvaro Dias (PR) quanto a Folha tiveram, e têm, acesso à informações sigilosas por meios não legais, mas que, a despeito disso, os dois protegem o procedimento - o jornal pelo sigilo da fonte, o senador pelo mandato parlamentar.
Mais uma tentativa de criar uma "crise", mais um tiro que saiu pela culatra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário