segunda-feira, 31 de março de 2008

O CONVERSA AFIADA VOLTOU AINDA MAIS AFIADA....

O CARTÃO CORPORATIVO E AS AMBULÂNCIAS DO SERRA

Por Paulo Henrique Amorim

O Ministro da Saúde José Serra omitiu-se (ou participou diretamente - a Justiça determinará) na compra de ambulâncias super-faturadas para o Ministério que dirigia, no Governo do Farol de Alexandria.
Seu sucessor, Barjas Negri - que era seu Secretário Geral - omitiu-se ou participou diretamente do mesmo esquema.
Há um vídeo e a transcrição em texto do discurso do Ministro Serra na cerimônia de entrega de ambulâncias super-faturadas em Mato Grosso, com a fina flor dos "super-faturadores" ... (Clique aqui para ver, ler e ouvir ... essa preciosidade que, quando me mandaram embora do iG, imaginaram que ia desaparecer ... )
O empresário que vendia as ambulâncias fez um dossiê.
Daqueles dossiês que Serra e o tucano Márcio Fortes fazem com esmero e arte.
(Por falar nisso, quando Serra e Fortes vão providenciar o “dossiê Aécio Neves” ?)
O empresário das ambulâncias vendeu o dossiê a Abel Pereira, empreiteiro que fazia a ponte entre Barjas Negri e os criminosos das ambulâncias.
Supõe-se que Pereira quisesse destruir o dossiê para ajudar Serra e Negri.
O empresário das ambulâncias vendeu o dossiê aos aloprados de Aloisio Mercadante, que era candidato a governador de São Paulo, contra Serra.
A história acabou como o "escândalo dos aloprados" - os petistas que compraram o dossiê com notas de baixo valor - desse tipo de carregamento que se acha na boca do caixa do metrô ou de companhias de ônibus
(Interessante: um dos muitos negócios que Daniel Dantas conseguiu nas privatizações foi o metrô do Rio ...)
Participou da operação dos aloprados um certo - onde anda ele ? - Delegado Bruno, que montou uma farsa com jornalistas dos maiores órgãos do PiG para divulgar as fotos do dinheiro dos aloprados.
Aí, surgiu o escândalo dos cartões corporativos.
Cartões criados e usados no Governo FHC.
Descobriu-se, rapidamente, com a ajuda do Conversa Afiada e da Folha, que os cartões do Governo de São Paulo, com Serra, eram de volume muito superior ao do Governo Federal.
Aí, a última Flor do Fascio, a Veja, divulgou o que interpretou como uma chantagem do Governo Federal contra a oposição.
Divulgou contas com cartão corporativo de Dona Ruth e do Farol de Alexandria. (*)
O Estadão descobriu, neste domingo, dia 30, um historiador de reputação que se assemelha à de Braudel, para anunciar o fim da carreira política Dilma Rousseff.
No PiG, a questão passou a ser, como no caso dos aloprados, não as ambulâncias, os cartões do Governo FHC, mas o vazamento.
Mas, e as despesas da Dona Ruth, ninguém vai discutir ?
Pode usar o dinheiro do povo naquilo, Dona Ruth ?
Segundo a Veja, “a ex-primeira dama Rurh Cardoso é mencionada 23 vezes como beneficiária de despesas como locação de carros, hospedagem em hotéis, compra de ingressos para peças de teatro no exterior, e até como ordenadora (sic) da compra de um porta-retratos, no valor de cem dólares, para presentear um oficial da Colômbia designado para acompanha-la durante visita ao pais.”
Ainda segundo a Veja, “gastos com vinhos importados, champanhes franceses, carnes raras e até caviar foram compilados da documentação armazenada na Presidência da República. E reproduzidos no dossiê.”
Quer dizer, para a Veja e o PiG, o problema não é o caviar, mas o dossiê...
E se a Ministra Dilma for esquartejada em praça pública, como planeja o PiG ... ainda assim, pode-se gastar dinheiro do povo num teatrinho na Europa, dona Ruth ?
E as ambulâncias do Ministro Serra - quanto custavam ? Por quanto ele comprou ? Ele tem comprado muita ambulância para o Estado de São Paulo ?
Por falar nisso, clique aqui para ler as 30 perguntas que o Conversa Afiada faz sistematicamente ao presidente eleito. 29 perguntas são sobre a cratera do metrô - um crime tucano, segundo o Ministério Público de São Paulo. A 30a. pergunta é sobre como ele pretende comprar ambulâncias para São Paulo. -

(*) Eu, Paulo Henrique Amorim, volto a me colocar à disposição da CPI para descrever a adega do Palácio da Alvorada, nos bons tempos do Farol de Alexandria.

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