Por Luis Nassif
Que “O Globo” publique o artigo em que Ali Kamel tenta demonstrar que a compra de eletrodomésticos é a prova do fracasso do Bolsa-Família, se entende: Kamel é dirigente das Organizações Globo e tem direito a escrever a tolice que quiser. Nem vale a pena estender sobre o primarismo dos argumentos, sobre a incapacidade de Kamel de entender o papel inclusivo do consumo, ou considerar que a compra de eletrodomésticos é um item menor nos gastos das famílias. Seria exigir muita sofisticação analítica dele.
Que alguns áulicos considerem que o artigo tem algum valor analítico, se admite, porque a bajulação se tornou um componente intrínseco nesses tempos de “neojornalismo”.
Que José Aníbal repercuta a nota, vá lá, é líder da oposição e, no vale-tudo atual, pode se conceder liberdades poéticas de achar algum valor nas mesmices de Kamel.
Mas que “O Globo” repercuta o artigo é ego demais, jornalismo de menos.
O padrão de autopromoção desse pessoal não tem limites.
LEIA (clique aqui) A ENTREVISTA DE LUIS NASSIF SOBRE O LIXO-JORNALISMO DA REVISTA VEJA
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