segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

REFORMA AGRÁRIA? QUANDO?

Já se foi um ano do segundo governo do PT e mais tempo que isso, de permanência do ministro Guilherme Kassel à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Triste constatar que o resultado seja este: 2007 foi o pior ano em desapropriação.
Foram desapropriados apenas 204,5 mil hectares, menos de um terço da média anual (682,5 mil hectares) registrada no 1º mandato do Lula. Este balanço deixa claro que o setor não está atuando satisfatoriamente, precisa mudar. Algo não está funcionando direito nessa história.
Os movimentos sociais e o MST estão cobertos de razão quando reivindicam a mudança do índice de produtividade para classificação de terras sujeitas à desapropriação e denunciam que a atualização não ocorre por pressão de fazendeiros e latifundiários. O Desenvolvimento Agrário não tem peito para enfrentá-los.
Ai, só os latifundiários, madeireiros, agropecuaristas e usineiros, as forças conservadoras do campo e da cidade tem o que comemorar.

O Ministério anda tão devagar que ainda utiliza os índices de produtividade do Censo Agropecuário de 1975 para fazer as desapropriações. Se atualizá-los, com certeza amplia o número de imóveis rurais improdutivos e avança no volume de terras desapropriadas.
O pessoal do Ministério justifica o pífio desempenho com respostas evasivas: o ministério ficou paralisado por disputas dos partidos da base aliada pelos comandos das superintendências do INCRA; e os funcionários deste órgão, braço executor da reforma agrária, estiveram em greve.
Balela ! Nada disso justifica tanta incompetência. Não dá para continuar assim. Vamos abrir essa discussão, debater essa paralisia, ver o que precisa mudar.

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