A Polícia Federal realiza desde o início da manhã desta quinta-feira, 22, uma operação para cumprir 18 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão na Bahia. A "Operação Jaleco Branco", que também acontece em Alagoas e Brasília, investiga fraudes em contratos e licitações de secratarias e outros órgãos públicos.
Na capital baiana, a ação resultou na prisão de 16 pessoas até o momento. Entre os detidos estão, Antônio Honorato, ex-presidente da Assembléia Legislativa e atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Marcelo Guimarães, ex-presidente do Esporte Clube Bahia e ex-deputado estadual (PL-BA); Ana Guiomar, procuradora geral da Universidade Federal da Bahia (Ufba); Elsio Andrande, ex-diretor geral da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab); Jairo Costa, conhecido como Barão, proprietário de restaurantes e empresas de segurança; Clemilton Andrande, proprietário de empresa de segurança e limpeza; e Afrânio Matos, apontado como laranja de Marcelo Guimarães, proprietário Postdata.
A Operação Jaleco Branco da Polícia Federal, desencadeada hoje em Salvador, se fundamenta em ação do Ministério Público. Em junho, logo após a Operação Navalha, o MP da Bahia requisitou todos os contratos que envolviam as empresas investigadas pela Operação Octopus da PF.
Essa investigação posterior, pilotada pelo MP, acabou por desvendar toda a rede que atinge parte da elite baiana.
Fruto do trabalho da Auditoria Geral do Estado (AGE), sob a coordenação da Casa Civil do governador Jaques Wagner (PT), a "devassa" abrangeu os contratos vigentes em 2007. Esse relatório foi entregue ao MP da Bahia.
Foi a esse material, em poder do MP, que Terra Magazine teve acesso.
Nas linhas e entrelinhas, o que se tem é uma nítida tomografia do sistema de poder montado pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães e ancorado em um seleto grupo de empresários e famílias que há quase duas décadas detêm poder político e econômico na Bahia.
Extraido do terra magazine
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