Os espanhóis da OHL e da Acciona ganharam seis dos sete lotes de concessões rodoviárias colocados em leilão, ontem. E o único em que não levaram diretamente, está com uma associada, sem experiência e antecedentes no setor, que requererão a sua assistência técnica.
Os espanhóis do Santander estão comprando o ABN - Amro e vão ficar com o Real, no Brasil. Vão se tornar o segundo maior grupo bancário privado.
Os espanhóis da Telefonica dominam o mercado de telefonia fixa.
Estão no mercado de transmissão de energia elétrica.
O que está acontecendo com eles? Mero acidente? Ou resultado de um planejamento estratégico? Claro que sim!
Os espanhóis ousaram, para assegurar o grande eixo que partindo de Belo Horizonte, passa por São Paulo e Curitiba e chega, numa perna à divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, na continuação da BR 116 e na outra a Florianópolis. Do lado leste vão assumir a BR 101 que atravessa o Estado do Rio de Janeiro a partir da Ponte Rio Niteroi até a divisa com o Espírito Santo, cercando os trechos da CCR. Que passará a ter ganhos adicionais, sem a mesma responsabilidade de investimentos.
Provavelmente, na sua estratégia, não pretendem ganhar apenas com os pedágios, mas numa rede logística com centros de distribuição ao longo dos eixos, agora concedidos e que serão melhorados.
As atividades econômicas tenderão a migrar para junto desses eixos, em função dos ganhos logísticos. A formação dos preços não foi feita com base em parâmetros e paradigmas tradicionais, que passarão a nortear as próximas concessões.
Mas são apostas de risco.
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