quinta-feira, 11 de outubro de 2007

OS BICHOS DE ESTIMAÇÃO DA FAMILIA CIVITA

A humanidade sempre gostou de bichos de estimação, mas agora o costume virou moda.Todos gostam dessas companhias domésticas. Fazem a alegria das crianças.
Há uma família em São Paulo que parece adorar mascotes. É um clã de origem italiana, aqui radicado há décadas. Não se sabe bem o porquê, mas alguns de seus membros exibem socialmente um inconfundível acento novaiorquino, manias talvez.
Trata-se da turma dos Civita (os donos da Abril e da Veja) gente fina, com negócios para os lados da marginal Pinheiros.

Os Civita adoram mascotes. Têm vários. Um dos orgulhos de sua casa de negócios atende pelo nome de Diogo. Aliás, são dois os Diogos amestrados daquele – chamemos assim – lar da marginal.
Vamos falar de um deles, o Diogo Schelp (tem o Mainardi também). O Schelp é um espécime reluzente. Dá a patinha, busca o que o dono mandar e não gosta do que os Civita não gostam. Coisa bonita de se ver.Tem futuro.

Os Civita detestam tudo que cheire a povo. Externam especial repulsa por coisas como Cuba, Venezuela, MST, Pobres, etc.
Quando precisam propalar aos quatro ventos seus desapreços, chamam um dos Diogos. "Vem, Diogo, vem". E Diogo – qualquer um deles – faz a alegria da família. "Vem, Diogo, vem, desce o chanfralho no Chávez, vem!". E lá vai Diogo, correndo, mostrar o serviço.

Como toda boa família, os Civita têm sua sala de visitas, onde exibem tudo do bom e do melhor. A sala de visitas tem até nome. Chama-se Veja. Toda semana apresenta uma decoração nova, todas diferentes, mas iguais às anteriores, se é que dá para entender.

Diogo é um fenômeno,
dizíamos. É bom também não confundi-lo com Dioguinho, apelido de Diogo da Rocha Vieira, famoso bandido e salteador que aterrorizou os sertões. Diogo, (o Schelp) não aterroriza ninguém.

Pois não é que depois de fazer das suas por várias vezes, exibindo língua solta contra a Venezuela e Cuba, o Diogo resolveu voltar-se contra Che Guevara?. Certamente fez isso depois de dar a patinha, rolar no tapete e pedir ração, pois a vida não anda fácil.

Diogo é uma graça. Ganhou uma capa – é capa da Veja – e mais um monte de espaço. Sua pérola chama-se "Che. Há quarenta anos morria o homem, nascia a farsa" escreveu. A obra é hercúlea. Diogo contou com a ajuda de outro civitete de estimação, tal de Duda Teixeira. Foram falar com vários cubanos que, segundo ambos, conviveram com Che Guevara. Não foram a Cuba claro, mas entrevistaram quatro que moram na mais reluzente cidade latino-americana, chamada Miami. Tem uma comunidade cubana lá que é do balacobaco. Ajudaram a eleger George e seu irmão Jeb Bush. Gente fina.

Os Civita devem adorar. Os Civita gostam de dinheiro, poder e publicidade oficial, da qual suas revistas andam cheias. O nosso governo trocha, pelo jeito deve gostar muito dos Civita e de seus mascotes, para dar esse ajutório todo.
Mas deve haver uma hora que os cachorrinhos de estimação cansam um pouco a família lá da marginal. Mesmo vivendo toda hora na sala e se exibindo para as visitas, há sempre um perigo maior.

O de fazer xixi no tapete.
Foi o que aconteceu agora. Graça demais não tem muita graça né?

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