terça-feira, 16 de outubro de 2007

Fazendeiro é condenado por trabalho escravo no Pará

A Justiça Federal em Marabá, no Pará, condenou o fazendeiro Aldimir Lima Nunes a nove anos de prisão e multa por submeter seis trabalhadores à condição análoga à de escravo. A decisão, resultado de ação do Ministério Público Federal ajuizada em 2003, foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira, 16 de outubro.

A pena também inclui condenação por expor os trabalhadores a perigo ao transportá-los em desacordo com as normas legais, por não respeitar direitos trabalhistas e por falsificar documentos públicos.

Além disso, o juiz Carlos Henrique Haddad condenou o fazendeiro por destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente e por comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas sem licença ou registro da autoridade competente.

Sobre o crime de redução de trabalhadores à condição análoga a de escravo, o juiz disse, na sentença, que a culpa do fazendeiro “gerou significativo grau de reprovação social, uma vez que os crimes foram praticados em grande escala, com o envolvimento de várias vítimas.”

Em relação à degradação ambiental, Haddad observou que “a destruição de florestas ocorreu em extensa área e houve derrubada de castanheiras, espécime cujo corte é proibido”.

O condenado cumprirá a pena em regime semi-aberto.

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