"Não haverá solução para os terríveis efeitos das mudanças climáticas se a humanidade não for capaz também de mudar seus padrões de produção e consumo. O mundo precisa, urgentemente, de uma nova matriz energética. Os biocombustíveis são vitais para construí-la."
Segundo Lula, os biocombustíveis reduzem "as emissões de gases de efeito estufa". "No Brasil, com a utilização crescente e cada vez mais eficaz do etanol, evitou-se, nesses 30 últimos anos, a emissão de 644 milhões de toneladas de CO² na atmosfera."
O presidente brasileiro afirmou que além de ser uma fonte alternativa de energia, os biocombustíveis "podem abrir excelentes oportunidades para mais de uma centena de países pobres e em desenvolvimento na América Latina, na Ásia e África. "Podem propiciar autonomia energética, sem necessidade de grandes investimentos. Podem gerar emprego e renda e favorecer a agricultura familiar. E podem equilibrar a balança comercial, diminuindo as importações e gerando excedentes exportáveis."
Lula negou que a produção de biocombustíveis coloque em risco a segurança alimentar. "A cana de açúcar ocupa apenas 1% de nossas terras agricultáveis, com crescentes índices de produtividade. O problema da fome no planeta não decorre da falta de alimentos, mas da falta de renda que golpeia quase 1 bilhão de homens, mulheres e crianças. É plenamente possível combinar biocombustíveis, preservação ambiental e produção de alimentos."
O presidente aproveitou a conferência para anunciar que o Brasil vai organizar "uma conferência internacional sobre biocombustíveis" em 2008. "Lançando as bases de uma ampla cooperação mundial no setor. Faço aqui um convite a todos os países para que participem do evento."
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