quinta-feira, 24 de abril de 2014

CPI: RENAN NÃO SE CURVA E RECORRE AO STF


Quem é o Legislativo, o Supremo ? Daqui a pouco, quem será o Executivo ?

Presidente do Senado está em Roma e foi surpreendido com decisão da ministra Rosa Weber. Renan
Calheiros (PMDB-AL), informou nesta manhã que a Casa vai recorrer da decisão ao plenário do STF;
"o poder investigatório do Congresso se estende a toda gama dos interesses nacionais a respeito dos
quais ele pode legislar", argumentou, em defesa de uma CPI ampla; definição da novela ainda vai se
arrastar.

Leia abaixo a nota do presidente do Senado:

A independência dos poderes é um pilares das democracias modernas. Tal preceito tem sido observado ao longo dos anos e, em 2013, o pleno do Supremo Tribunal Federal, após a paralisia processual derivada de uma liminar, decidiu, em última instância, que não lhe cabia controlar preventivamente o processo legislativo.
A compreensível divergência acerca da amplitude das Comissões Parlamentares de Inquérito caracteriza uma situação inédita. Ela obriga a reflexão de todos os poderes a fim de evitarmos um precedente que implique futuras investigações seletivas, restritivas ou mesmo persecutórias a serviço de maiorias circunstanciais.
Os regimentos internos do Congresso Nacional, leis internas do Parlamento, são importantes instrumentos para elucidar a matéria. O regimento interno da Câmara dos Deputados, por exemplo, explicita que na ocorrência de requerimentos com objetos coincidentes, prevalecerá aquele de espectro mais abrangente. É uma premissa bastante sensata e que se aplica ao caso.
Desde o primeiro momento, busco o entendimento sobre o alcance das CPIs respeitando o sagrado direito da minoria. Se fatos podem ser acrescidos durante a apuração, entende-se que muito mais eles são possíveis na criação da CPI. O poder investigatório do Congresso se estende a toda gama dos interesses nacionais a respeito dos quais ele pode legislar.
Diante da imperiosidade de pacificar o entendimento em torno da matéria, o Senado Federal recorrerá da liminar ao plenário do Supremo Tribunal Federal.

Senador Renan Calheiros
Presidente do Senado Federal
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