segunda-feira, 16 de outubro de 2017

MORAES, EX ADVOGADO DO PCC E EX FILIADO TUCANO, É SORTEADO RELATOR DA VOTAÇÂO DA CASSAÇÃO DE BEÓCIO


Coincidência: o relator do mandado de segurança que pede votação aberta sobre o 
afastamento de Aécio do Senado será o único ex-tucano entre os ministros do STF.

Alexandre de Moraes, que pediu ao então presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sua 
desfiliação do partido para assumir o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal, será o relator 
do mandado de segurança que trata sobre a cassação de seu ex-correligionário.
Moraes foi “sorteado” na tarde desta segunda-feira (16) para relatar o mandado de segurança de 
autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) que exige que a votação sobre as sanções 
impostas pelo STF seja realizada de forma aberta no Senado.
A Primeira Turma do STF afastou Aécio do mandato no mês passado a partir do pedido da 
procuradoria-geral da República (PGR), que acusa o tucano de corrupção passiva e obstrução da 
Justiça, baseada nas delações da JBS. Quem decidirá, por definitivo, o afastamento do tucano, é o 
Senado, em votação marcada para esta terça-feira (17). Randolfe Rodrigues, autor do mandado, no 
entanto, diz que senadores planejam realizar a votação de forma secreta.
Diante desse cenário de fundado receio de que a decisão se dê de modo secreto, ao arrepio da 
disciplina constitucional, até para que se evite a discussão posterior da validade de tal descalabro 
novamente junto a esta Suprema Corte, urge sindicar provimento acautelatório que ordene a votação 
ostensiva, com vistas a evitar que se radicalize a dramática crise de poderes que atravessa o país, 
onde a institucionalidade conquistada a duras penas é sacrificada em favor da torpeza egoística da 
manutenção do Senador Aécio Neves a salvo do império da Lei”, disse Randolfe.
Moraes, inclusive, foi citado por Aécio em um dos áudios entregues pelos delatores da JBS. “Tem 
que escolher uns dez caras”, disse o senador mineiro, no momento em que citou seu ex-
correligionário, que agora é ministro do STF, quando tratava sobre a condução dos inquéritos dos 
investigados no mesmo processo.
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