quarta-feira, 28 de junho de 2017

Ataque 'terrorista' contra prédios oficiais na Venezuela é parte de plano golpista da oposição


Na imagem, helicóptero sobrevoa sede do Ministério do Interior da Venezuela. Helicóptero 
pilotado por policial fez disparos contra sede de ministério e atirou granadas contra prédio do 
Tribunal Supremo de Justiça, em Caracas, na tarde de terça

O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou na noite desta terça-feira (27/06) 
um comunicado em que classificou os ataques contra um ministério e ao Tribunal Supremo de 
Justiça (TSJ) como “terrorista” e disse que o ato faz parte de plano golpista da oposição.
Um helicóptero roubado da polícia, pilotado por Óscar Alberto Pérez, um inspetor da parte científica 
da corporação, disparou cerca de 15 tiros, no fim da tarde desta terça, contra o prédio do Ministério 
de Relações Interiores, Justiça e Paz, enquanto acontecia um evento pelo Dia Nacional do Jornalista.
Em seguida, o helicóptero foi até a sede do TSJ, onde ocorria uma sessão do tribunal, e disparou ao 
menos quatro granadas de origem colombiana e de fabricação israelense. Mais tarde, Pérez divulgou 
um vídeo pedindo a renúncia de Maduro.
“O governo bolivariano chama ao povo venezuelano a estar alerta frente à escalada golpista que 
pretende alterar a ordem constitucional na Venezuela e que demonstrou carecer de qualquer 
escrúpulo para atingir suas ambições políticas e econômicas”, afirma nota divulgada pelo Palácio de 
Miraflores, sede da Presidência.
“Nenhum destes ataques deterá a ativação do processo popular constituinte, nem impedirá o 
exercício do direito ao voto por parte do povo venezuelano, no próximo dia 30 de junho, para eleger 
os membros da Assembleia Nacional Constituinte”, diz o texto.
Ex-piloto de ministro
Segundo o presidente Maduro, as primeiras informações indicam o agente era piloto do ex-ministro 
Miguel Rodríguez Torres, que tem se manifestado contra o governo.


O presidente culpou o partido de oposição Primeiro Justiça de adotar um "caminho de violência" e 
acusou os principais líderes da legenda de comandarem "todos os fatos violentos" conhecidos.
Além disso, Maduro disse que espera que a Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança 
de oposição, se pronuncie sobre o fato e que o Ministério Público, agora crítico ao governo, tome 
medidas sobre o assunto.

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