quarta-feira, 1 de abril de 2015

GOVERNO VAI "DESCONCENTRAR PUBLICIDADE.... GLOBO VAI CHEGAR EM 2018?


A presidente Dilma Rousseff indicou nesta terça-feira (30) que o governo federal irá pulverizar 
a publicidade oficial entre mais veículos de mídia. Na posse do seu novo ministro da Secretaria 
de Comunicação Social, Edinho Silva, Dilma afirmou que a secretaria apoiará a “expansão das 
teias de opiniões, olhares e interpretações da realidade” no país com “critérios justos e corretos 
na veiculação dos seus serviços”. “[A secretaria] adotará o mais rigoroso cuidado em relação à 
veiculação de informação pública e a publicidade oficial. Em respeito aos brasileiros de todas 
as camadas sociais e culturais, e de todos os pontos do país, adotará critérios justos e corretos 
na veiculação dos seus serviços”, completou a presidente.

por : Paulo Nogueira

Dilma e Edinho na posse deste
Alguma coisa é melhor que nada.
É sob essa lógica que se deve analisar a decisão do governo Dilma de desconcentrar as verbas de 
publicidade oficial.
É menos do que o que deveria ser feito: uma regulamentação que modernize a legislação da mídia e 
rompa o olipopólio há tanto tempo dominante.
Mas é mais do o PT fez até aqui nesse campo, em doze anos de poder.
Na prática, significa criar condições para uma indispensável pluralidade de ideias.
Nas palavras pomposas – mas sábias — utilizadas por Dilma na posse de seu novo ministro da 
Secom, Edinho Silva, o governo apoiará “a expansão das teias de opiniões, olhares e interpretações 
de realidade à disposição dos brasileiros”.
Trazendo para o mundo das coisas concretas: chega de patrocinar apenas companhias jornalísticas 
conservadoras.
Que se enriqueça o debate. Os colunistas – as dezenas deles – das companhias jornalísticas escrevem 
essencialmente a mesma coisa, todos os dias.
Não há debate, assim. Há gritaria. E, com frequência, todas as vozes se unem para massacrar Dilma, 
Lula e o PT.
Os barões da mídia não estão satisfeitos. Eles se bateram tenazmente por Aécio porque não haveria 
risco nenhum de uma coisa assim acontecer.
Mas eles não deveriam se queixar. Ao longo de anos, décadas viveram numa mamata vergonhosa. Entupiram-se de dinheiro público, num simulacro de capitalismo.
Os barões juntaram fortunas colossais e puderam recrutar, com o dinheiro farto, uma falange 
impressionante de porta-vozes (vulgo colunistas) de suas ideias e de seus interesses.
Num ambiente mais plural, a sociedade terá acesso ao livre mercado de ideias.
As pessoas não serão forçadas, pela ausência de outros pontos de vista, a consumir a opinião única 
que se vê na mídia tradicional.
A nova filosofia da Secom não elimina, repito, a necessidade vital de uma regulação. Mas representa 
um avanço.
Ganha a sociedade.
E lucra também Dilma – que, depois de boas notícias como a nomeação de Janine na Educação, 
parece enfim estar começando o seu segundo mandato.
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