quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Último Debate: O Brasil dos Globalhas




Só no Brasil foi possível entregar tanto poder a três herdeiros que o Binho Ometto não 
contrataria.

Nesta quinta-feira (02/10) se encerra o horário eleitoral gratuito.
Encerrado o programa eleitoral, nesta mesma quinta-feira, se realiza o debate na Globo.
Portanto, o debate virá depois do fim da campanha da Dilma na tevê.
Foi horário eleitoral que ofereceu à Dilma a possibilidade de revelar ao eleitor o que a Globo escondeu 
por quatro anos.
Amanhã, sexta-feira, e sábado, véspera da eleição, Dilma volta ao jornal nacional encaixotada nos 
mesmos 30” que o Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af) lhe dedicou em quatro anos de 
Governo.
A Globo tem dois dias para “editar” o debate, massacrar a Dilma e ficar por isso mesmo.
Dilma não terá mais espaço – proporcional – para revidar uma agressão.
A Dilma, na undécima hora, ficará inerte, impotente, nas mãos de seu maior adversário: a Globo.
No segundo turno de Collor vs Lula, a Globo manipulou o debate e ajudou a eleger o Collor, segundo 
No primeiro turno de Lula vs Alckmin, o “i” ignorou o desastre da Gol para não desmontar o jn e 
derrubar o Lula –leia o primeiro Golpe já houve, falta o segundo.
A situação empresarial da Globo é dramática: ela perdeu dois em cada cinco espectadores de 
São Paulo e adistância entre ela e a Record, a segunda colocada, nunca foi tão pequena.
Progressivamente, os anunciantes, apesar do amigo Globope e do BV gordo das agências e dos mídia, 
só vão querer pagar o que a Globo, de fato, “entrega”, hoje: o jn e o fintastico já não dão mais que 20 
pontos …
(Esse Kamel … um prodíjio ! – no ABC ).
Essa semana, realizou-se o leilão da frequência 4G, que, associada à democratização da banda larga 
(apesar doBernardo Plim-Plim, esse campeão de votos o Paraná …), vai acelerar a troca de tela: da 
tevê para o móvel.
No caminho, serão atropeladas a tevê aberta, a tevê por assinatura e o computador.
Só a derrota da Dilma (e dos trabalhistas) conseguirá atrasar a inexorável marcha do progresso.
Como a Globo conseguiu, nos governos militares, de Sarney, FHC e dos trabalhistas manter viva a lei 
de 1962 que regula (sic) a rádio-difusão no Brasil.
Foi nesse vácuo institucional que ela cresceu – porque quando não há lei na selva, o leão é soberano.
Derrotar a Dilma e os trabalhistas é uma questão de vida ou morte para a Globo.
A Globo vai precisar de muito dinheiro do BNDES e de muito controle institucional para sobreviver 
alguns anos, enquanto os filhos do Roberto Marinho – que não têm nome próprio – passem a 
organização (sic) aos netos, que também não terão nome próprio.
(O Lula já tinha percebido que os filhos do Roberto Marinho não mandam em seus colonistas (ABC 
neles) – por falar nisso, não deixe de ver que o Ministro da Dilma leva a Fel-lha (no ABC) à segunda 
época.)
Só no Brasil é possível entregar a uma ÚNICA empresa familiar, que explora – ilegalmente – uma 
concessão pública – o poder de mitigar a soberania popular.
Em nenhuma nova Democracia do mundo – na América Latina, em Portugal e na Espanha – em 
nenhuma Democracia do mundo uma única rede de tevê detém essa hegemonia.
Num país de 200 milhões de habitantes, seu destino se deposita nas mãos de três herdeiros que o Binho 
Ometto e o Marcelo Odebrecht não contratariam…
Como disse o sereno e agudo Marcos Coimbra, já passou a hora de acabar com esse privilégio da 
Globo: contratar pesquisas, decidir quando exibi-las, convocar debates e exibi-los quando bem 
entender.
Hoje, por exemplo.
Com dois dias – sexta e sábado – para editá-lo como quiser.
Bem feito !
Quem mandou fugir da Globo e não fazer a Ley de Medios ?
Amanhã e depois ela vai deitar e rolar !

Em tempo: diante dos blogueiros sujos, Dilma disse que está madura a ideia de promulgar uma Ley de 
Medios. Se a Globo deixar …

Paulo Henriq ue Amorim
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