Dilma: Brasil reduziu desmatamento em 79% nos últimos 10 anos

A Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu na manhã desta terça-feira (23), 120 chefes de
estado para discutir as mudanças climáticas e as medidas adotadas por cada uma das nações para conter
seus impactos. Durante o encontro da Cúpula do Clima(link is external), que neste ano ocorreu em
Nova Iorque, a presidenta Dilma Rousseff defendeu os avanços obtidos pelo Brasil, como a expressiva
queda no desmatamento em 79% nos últimos 10 anos.
Dilma lembrou que em 2009, durante a Conferência do Clima de Copenhage(link is external), o Brasil
já havia anunciado o compromisso voluntário de reduzir entre 36% e 39% as emissões projetadas até
2020. De acordo com ela, entre 2010 e 2013, o país deixou de lançar na atmosfera uma média de 650
milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que contribuiu de maneira significativa para o
cumprimento da meta. "O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados", afirmou a
presidenta.
De acordo com Rousseff, pela consciência de que o Brasil é um grande produtor de alimentos, o uso
de técnicas agrícolas de baixo carbono tem sido incentivado, uma vez que, ao mesmo tempo em que
reduzem emissões, elevam a produtividade do setor agrícola. "Adotamos planos setoriais para a
redução do desmatamento no Cerrado brasileiro, para o aumento das energias renováveis e para a
promoção da Agricultura de Baixo Carbono", afirmou.
Redução da desigualdade
Ainda durante o discurso, Dilma foi enfática ao afirmar que muito embora os países desenvolvidos
utilizem um modelo de crescimento baseado em altas taxas de emissões de gases, o Brasil, que está em
fase de desenvolvimento, não quer repetir esse modelo. "Mas não renunciaremos ao imperativo de
reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida da nossa gente", explicou. "Estamos provando que
um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. O Brasil é exemplo disso",
ressaltou.
Dilma usou como exemplo a agricultura familiar e as práticas agroecológicas utilizadas, que também
ajudam a reduzir a pobreza no campo, e criam um cenário de segurança alimentar e nutricional para os
brasileiros. "No Brasil, já estamos fazendo isso. Ao mesmo tempo em que diminuímos a pobreza e a
desigualdade social, protegemos o meio ambiente. Nos últimos 12 anos, temos tido resultados
extraordinários", concluiu.

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